
Sirene (Sirène)
Instalação sonora interativa, 2006-2009
Samuel Bianchini e Thierry Fournier
Voz: Maryseult Wieczorek
Produção: Dispothèque e Écholalie



Sirene, Samuel Bianchini e Thierry Fournier, 2006-2009
Exposição-mostra, no âmbito da Plateforme Interactions - Réalité Virtuelle - Images (Pirvi), Institut de recherche sur les composants logiciels et matériels pour l’information et la communication avancée (Ircica), Lille, França, 15 de Setembro de 2009.
Fotografia: © Samuel Bianchini - ADAGP
Sirene é uma instalação sonora interativa. Numa tela escura, um ponto branco segue os movimentos efetuados pelo espectador diante da tela, seja com a ajuda de um rato colocado sobre uma base (versão 1), ou diretamente sobre uma tela táctil inserida numa base larga (versão 2). Inanimado, o dispositivo difunde um som fraco, apenas perceptível, de respiração humana. Deslocando o ponto, faz-se ouvir uma voz feminina; os sons que ela emite parecem inicialmente estacionários, depois, rapidamente, variam segundo os movimentos da mão do espectador. À medida que os gestos deste se alargam ou se estreitam, se aceleram ou se tornam lentos, se ativam ou se imobilizam, o som evolui e o espectador evolui no som. A voz passa do sopro ao murmúrio, do canto ao grito, de ínfimos fragmentos vocais a formas musicais nascentes; ela é como que percorrida pelo gesto na sua própria matéria e na sua profundidade. A voz reage ao espectador ao mesmo tempo que o chama. Entre o espectador e a voz, esta navegação cega releva tanto do gesto instrumental como da carícia. Este canto encarna progressivamente um corpo sonoro que se desdobra e se dilata segundo a exploração táctil que dele é feita, e cuja interpretação, tanto sensual como intelectual é oferta ao espectador.



Sirene, Samuel Bianchini e Thierry Fournier, 2006-2009
Montre-moi l’oeuvre autrement, exposição coletiva, Fonds régional d’art contemporain de Haute-Normandie, França, de 5 a 7 de Outubro de 2007.
Fotografia: © Samuel Bianchini - ADAGP